23.12.09

Mudemos todos

Ontem sonhei que o Albert Einstein passeava no parque do Bom Menino com sua cadelinha de estimação Luz — uma Saluki, presente do irmão Jacob. O cientista vestia calção azul, estava sem camisa, calçava sandálias havaianas e usava uma bolsa de couro a tiracolo. No cabelo, tranças.

Depois de um longo passeio, Einstein sentou-se para tomar cerveja num carrinho de cachorro-quente instalado debaixo de uma amendoeira. Fazia muito calor... Sentei-me ao lado. Ele me ofereceu um gole. Enquanto bebíamos, falávamos sobre seus ideais pacifistas. Nenhuma palavra sobre física quântica.

Atento a conversa, o dono da barraquinha deu sua opinião: “A humanidade só alcançará a paz quando for instalada a tolerância plena no mundo, quando cada indivíduo aprender a respeitar o direito do outro ser diferente”. Neste momento foi chamado de insano por uma senhora gordalhona que comia um cachorro-quente e tomava suco de cupuaçu, ao que Einstein interveio: “Minha senhora, não há nada que seja maior evidência de insanidade do que fazer a mesma coisa dia após dia e esperar resultados diferentes”.

Acordei e lembrei-me do Edson Marques, que grita todos os dias no meu ouvido. “Marco, só o que está morto não muda!”. Mudemos todos, então.