31.7.08

que assim seja


seja de inverno
ou de verão
seja de carnaval
ou de são João
amores vêm
amores vão




29.7.08

a uma flor



na minha roupa
na minha cama

no meu travesseiro

na minha pele
na minha boca
no meu cabelo


no meu quarto
na minha sala
no meu canteiro

em todo lugar
misturado ao meu
está o teu cheiro







27.7.08


era uma vez
um amor
que era uma vez


(josé carlos vieira)





25.7.08



amarrei meu arado 
a uma estrela 
no campo da ilusão
plantei sonhos; 
colhi solidão





24.7.08


em seu peito jaz
um amor que tanto fez
como tanto faz



22.7.08



se eu encontrasse uma lâmpada
se a lâmpada tivesse um gênio
se o gênio realizasse (três) desejos
pediria de volta meu primeiro amor,
o amor penúltimo, e os amores do meio





16.7.08

cantilena

foram meus poemas
feitos a duras penas
com próposito apenas
de te agradar

sermos macho e fêmea
cálice e patena
vida eterna, plena
foi meu pelejar

mas você, sirena
de alma pequena
desdenhou, é pena
deste amor sem par

e deus, um mecenas
me vendo gangrena
novo amor, verbena
pôs em teu lugar

9.7.08

requisitos


namoro
sem poesia?
estou fora,
tenho alergia

namoro
sem violão?
obrigado,
quero não!

namoro
sem serenata?
não consigo,
acho sem graça


2.7.08

quer parar?

quer parar de fazer-me tremer,
de suar frio, de encher meu peito
de alívio e angústia com tuas chegadas?
quer parar de despertar-me desejos,
de negar-me um beijo...
quer parar de não ser minha namorada!