28.4.09



Estou à procura de um livro para ler. É um livro todo especial. Eu o imagino como a um rosto sem traços. Não lhe sei o nome nem o autor. Quem sabe, às vezes penso que estou à procura de um livro que eu mesma escreveria. Não sei. Mas faço tantas fantasias a respeito desse livro desconhecido e já tão profundamente amado. Uma das fantasias é assim. Eu o estaria lendo e de súbito, uma frase lida, com lágrimas nos olhos diria em êxtase de dor e de enfim libertação: Mas é que eu não sabia que se pode tudo, meu Deus!"

 

(Trecho de A paixão segundo G.H., de Clarice Lispector)

 

 

2 comentários:

Liliane Moreira disse...

Ei, amore!
Estou cá me deliciando na página da Elisa Lucinda e lembrei de vc. Envio um trecho que ela publicou de Adélia Prado, pra fazer companhia à sua Cecília:
"Eu sempre sonho que uma coisa gera, nunca nada está morto.
O que não parece vivo, aduba.
O que parece estático, espera.”

Beijo na alma...

Liliane Moreira disse...

Ei, amore!
Estou cá me deliciando na página de Elisa Lucinda e lembrei de vc. Envio um trecho que ela publicou de Adélia Prado, pra fazer companhia à sua Clarice:
"Eu sempre sonho que uma coisa gera, nunca nada está morto.
O que não parece vivo, aduba.
O que parece estático, espera.”

Beijo na alma...