24.2.10



saudade eu tenho do que não nos coube
lamento apenas o desconhecido
daquilo que não deu tempo de repartir
você não saboreou meu suor
eu não lhe provei as lágrimas
é no líquido que somos desvendados
no gosto das coisas o amor se reconhece
o meu pior e o meu melhor e os seus
ficaram sem ser apresentados

(Martha Medeiros)



Um comentário:

M. A. Cartágenes disse...

Vou viajar na maionese aqui: imagino isso aí como se fosse alguém sentado numa cadeira gesticulando os braços como se fosse um desses apstores de igrejas batistas americanas, com um cigarro no canto da boca, feição séria e ao mesmo tempo olhos muito expressivos como quem sabe que não está sendo claro pelo unico e exclusivo motivo de que o que se passa e se sente é apenas "seu" e só "seu".

Paz aê cara, vez ou outra venho aqui e gosto do que leio.
Té.