8.7.10
10.5.10
Transit
Tu és dona de mim, tu me pertences,
e neste delicioso cativeiro,
não queres crer que, ingrato e bandoleiro,
possa eu noutra pensar, ou noutro penses.
Doce cuidado meu, não te convences
de que tudo na terra é passageiro,
frívolo, fútil, rápido, ligeiro,
e a pertinácia do erro teu não vences!
Num belo dia - hás de tu ver - desaba
esta velha afeição, funda e comprida,
que tanta gente nos inveja e gaba…
Choras? Para que lágrimas, querida?
naturalmente o amor também se acaba,
como tudo se acaba nesta vida.
(Arthur Azevedo)
7.5.10
20.4.10
5.4.10
quer parar?
quer parar de fazer-me tremer,
de suar frio, de encher meu peito
de alívio e angústia com tuas chegadas?
quer parar de despertar-me desejos,
de negar-me um beijo...
quer parar de não ser minha namorada!
9.3.10
5.3.10
24.2.10
saudade eu tenho do que não nos coube
lamento apenas o desconhecido
daquilo que não deu tempo de repartir
você não saboreou meu suor
eu não lhe provei as lágrimas
é no líquido que somos desvendados
no gosto das coisas o amor se reconhece
o meu pior e o meu melhor e os seus
ficaram sem ser apresentados
(Martha Medeiros)
22.2.10
aladim alado
se a lâmpada tivesse um gênio
se o gênio relizasse (três) desejos
pediria de volta o primeiro amor,
o amor penúltimo,
e os amores do meio
9.2.10
25.1.10
CARNAVALIZAÇÃO
reencarnono carnavalencarnado.farra de um fanfarrãofantasiado.
máscaras, marchas,marcho, troto, galopo.eu sozinho viro um bloco.
danço, canto, encanto-me.linda menina,uma colombina.
doce amorroubado de um pierrôapaixonado que erroue chorou.
quimérico arlequim.folião de uma ilusãoque não tem começo.nem fim!
19.1.10
O outro
só quero
o que não
o que nunca
o inviável
o impossível
não quero
o que já
o que foi
o vencido
o plausível
só quero
o que ainda
o que atiça
o impraticável
o incrível
não quero
o que sim
o que sempre
o sabido
o cabível
eu quero
o outro
(Chacal)
13.1.10
cantilena
foram meus poemas
feitos a duras penas
com próposito apenas
de te agradar
sermos macho e fêmea
cálice e patena
vida eterna, plena
foi meu pelejar
mas você, sirena
de alma pequena
desdenhou, é pena
deste amor sem par
e deus, um mecenas
me vendo gangrena
novo amor, verbena
pôs em teu lugar
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